Um grupo suprapartidário na internet chamado “Ação Pró PLC 122 Contra Homofobia, Pelo Estado Laico, Ensino Laico”, ao qual eu participo, propôs uma ação na Parada Gay de São Paulo. Faz mais de um ano que o grupo, formado não só por gays, mas por heterossexuais também, se reune, imprime panfletos, adesivos, faixas. Tudo bancado por nós mesmos, no melhor estilo vaquinha, para que um maior número de pessoas possam se informar sobre o chamada PLC 122, o projeto de lei que criminaliza a homofobia. Resolvemos então que a Parada seria um bom momento para conversar, explicar como estava o projeto de lei neste momento, a importância do combate a homofobia.
A ação acabou tendo o apoio do PSTU, Conlutas e Anel, mas fizemos questão que o caráter suprapartidário fosse mantido, que o ato era para discutir com os LGBTs sobre homofobia.
Muitos, durante a parada vieram nos perguntar se PLC era um novo partido político. Não tinham ideia que existia um projeto de lei para defendê-los, assim como acreditavam que a homofobia já era crime previsto em lei.
A desinformação era geral a ponto de alguns participantes da Parada não saberem nem o que era homofobia. Não tinham ideia nem do básico: aquela que diz que o homofóbico é aquele que detesta os gays.
Mas nem tudo era desconhecimento, muita gente ficou interessada nos folhetos explicativos, tinham vontade de saber o que estava acontecendo. Este é o sinal para que a militância saia de questões ensimesmadas e partidárias e se volte para um trabalho mais consciente, fora do gueto da militância, sobre como agregar LGBTs e simpatizantes para a importância do PLC122 e do combate da homofobia. Não como um grito de guerra de um partido contra o outro, mas como algo efetivo, para a tal “comunidade gay” e para toda a sociedade.