Saindo de um estado totalitário que condenava a homossexualidade por ser um “sinal da decadência burguesa”, o comunismo soviético deixou seu veneno homofóbico mais nefasto exalar para os outros governos, na Rússia, que pretendiam ser um contraponto ao regime que vigorou desde 1917 até a Glasnost do final os anos 1980. Mas a homofobia estava impregnada e o governo de Vladimir Putin (muda-se presidente, primeiro-ministro e é sempre ele quem manda), aliado à Igreja Ortodoxa Russa, faz uma severa campanha de anulação de direitos de existência dos LGBTs no país.
As chamadas leis antigays que proíbem a divulgação de qualquer “propaganda de relações sexuais não tradicionais” apesar de drásticas não são tão terríveis como a omissão do Estado aos ataques homofóbicos. A ONG Human Right Watch (HRW) publicou um vídeo esta semana que mostra LGBTs apanhando, sofrendo bullying, agressões psicológicas e torturas. Detalhe: os vídeos são feito pelos próprios agressores que se beneficiam com a ausência e omissão da polícia.
Veja abaixo, imagens fortes:
Com a aproximação das Olimpíadas de Inverno que acontecem em Sochi e começam nesta sexta-feira (07), os protestos ao redor do mundo aumentam. Em São Paulo e no Rio, nesta quarta-feira, 5, manifestantes se vestiram de vermelho e convocam as “pessoas no mundo todo vão se reunir numa Mobilização Global pra pressionar os patrocinadores das Olimpíadas – como o McDonald’s, Coca-Cola e Visa, – a se manifestarem contra a violência na Rússia às vésperas da abertura dos Jogos”. A All Out está com diversas campanhas contra as leis antigays da Rússia, clique aqui.
O próprio COI (Comitê Olímpico Internacional) alertou para os protestos no podium de forma branda. “Os Jogos não podem ser usados para atos políticos mesmo que as causas sejam justas”, disse Thomas Bach, presidente da associação. Apesar da afirmação, ele deixou uma brecha: “Mas os atletas podem se expressar livremente nas entrevistas”.
Vendo as imagens acima dá para ter uma nítida ideia do que acontecia com os judeus durante a ascensão do Nazismo. E isto não é nada bom!