Muita gente acha que a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo é um Carnaval fora de época, uma safadeza. Outros a detestam porque tem muita gente “pobre e feia”. Existe os que criticam a falta de politização do evento. Os saudosistas dizem que um dia foi bom, mas hoje não serve. E muitos dizem que se sentem falta de segurança no meio de uma multidão tão diversa. Enfim, há muitos argumentos – concordemos ou não com eles – para não ir à Paulista neste domingo, 2.
Mas sempre acreditei que quem faz o movimento somos nós, nossa capacidade de se colocar no mundo e afirmar e questionar ideias. E ela pode vir de uma atitude coletiva ou individual.
No ano passado, alguns coletivos e grupos políticos pararam com faixas no meio da Paulista e distribuíram panfletos explicando o que era a PLC122/06 que criminaliza a homofobia. Já o escritor João Silvério Trevisan vai sempre com um cartaz sozinho pedindo respeito e direitos iguais para os homossexuais.
Este ano, apesar de um tema muito genérico como “sair do armário”, a Parada vai ter um bloco/carro com protestos contra Felicianos e Bolsonaros, algo inédito e urgente já que as questões LGBTs estão na ordem do dia no nosso país e no mundo.
Só acreditando na possibilidade de influenciarmos algo que podemos gerar mudanças e fazer da Parada algo mais próximo do que desejamos. Nada vem de mão beijada.
Por isto, vá, leve um cartaz, leve sua presença, leve suas posições! Ou simplesmente leve sua vontade de que a Parada e a questão LGBT no país avance de verdade.