Washington e Brasília acampam pelos direitos gays

Duas capitais do mundo amanheceram na terça-feira, 26, em vigília pelos direitos LGBTs: Washington e Brasília

A capital dos Estados Unidos acompanha atenta a decisão que a Suprema Corte americana irá examinar para modificar a diretriz federal sobre o casamento igualitário que até então deixava as decisões para os estados. Dez estados dos 50 já aprovam a união entre pessoas do mesmo sexo. Gays estão acampados em frente ao edifício da Suprema Corte.

Militantes acampados em Washington (Jose luis Magana/AP)

Na capital brasileira, militantes dos direitos humanos, incluindo o movimento LGBT, estão acampados em frente ao Congresso Nacional para exigir a saída do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Ele é acusada de racismo e homofobia.

Militantes acampam contra Marco Feliciano na presidência da CDHM (Reprodução/Facebook)

Acampar é um ato nômade, daquele que está em movimento, que ainda não tem a sua moradia. Não existe metáfora melhor para o momento peculiar que vivem os direitos LGBTs tanto nos Estados Unidos como no Brasil. Estado de vigília!

Manifestantes se reúnem em frente ao Congresso Nacional contra Marco Feliciano (Sergio Lima/Folhapress)

Nós,homossexuais,devemos sempre lutar por nossos direitos usando com todas armas que a democracia nos dá e não devemos nunca fazer uso da violência,pois a violência,o preconceito e a intolerância,são armas dos radicais preconceituosos.Infelizmente,aqui no Brasil,os homossexuais são vítimas de agressões verbais,físicas e psicológicas,agressões,essas,promovidas por fundamentalistas religiosos e outras pessoas intolerantes.Comunidade LGBT,lute por direitos iguais,sim,mas usem as armas da democracia e nunca a deixe morrer.

Os verdadeiros cristãos não fazem uso da violência – física ou verbal – mesmo quando censuram os gays pelo que entendem ser errado (a prática do homossexualismo). Agora, dizer que os cristãos são os maiores responsáveis pelas agressões entre os grupos, no país, é faltar com a verdade. O recente encontro entre os católicos do IPCO e ativistas gays em Curitiba demonstrou bem qual dos grupos tem uma postura pacífica. Cristãos também são democráticos.

Todo intolerante e preconceituoso é antidemocrático e,com isso, agride todas as minorias existentes em uma nação,apelando sempre para a violência e,infelizmente,no Brasil não é diferente.Nós,homossexuais,assim como outras minorias,somos vítimas do preconceito e intolerância promovidos por grupos radicais que existem no país.

Enquanto isso, uma manifestação de evangélicos em Brasília, ocorrida ontem, com mais de 600 integrantes, não mereceu sequer UMA menção na mídia brasileira, mesmo em veículos menores. Manifestações CONTRA sua saída, mesmo com 100, 200 pessoas, tiveram amplo destaque na mídia.

É lamentável que em épocas atuais ainda temos que utilizar recursos antigos para fazer valer a voz.
Passamos por tantas situações de intolerância e duas guerras que quase destruíram o planeta e ainda assim encontramos uns poucos que atentam ao ‘contrato social’, a ‘paz estabelecida por meio do diálogo’ e do reconhecimento das diferenças ao qual, se afastarmos um pouco, formam a nossa unidade nacional.
A imposição, que outrora fora o foco atribuído aos brados ao regime militar, é exposto no poder democrático ao qual esnoba, empobrece, banaliza e aniquila as representações coletivas, como se fosse qualquer cargo e não uma coleção de vozes cidadãs que pedem respeito e reconhecimento. É triste ainda ver a falta de ética, o abuso diante pessoas que honestamente sustentam o país, mas que viram objetos no âmbito de suas escolhas, de sua expressão, do seu valor e de seu lugar ao sol, à luz do dia.
É sofrivelmente lamentável viver para presenciar na prática esta política fundamentalista, atrasada e coronelista.

Iris – Taguatinga, Distrito Federal

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