“Vai ser choque de monstro”, “apenas meu silêncio pra você”, “não se engane comigo porque dois e dois pode ser três”. Alguns destes termos começam a circular no meio LGBT e de onde eles vieram? De “Glitter – Em Busca de um Sonho”. Sim, o primeiro reality show feito no país apenas com gays, travestis e drags. E se engana quem acha que é algo que saiu do “moderninho” eixo Rio-São Paulo. O reality acontece dentro do programa do apresentador Ênio Carlos, na TV Diário, em Fortaleza. Ele também é apresentado pela travesti Lena Oxa.
Aliás, foi ela que teve a ideia do reality que é sucesso local e também na internet. O blog da Katylene, por exemplo, tem acompanhado cada capítulo assim que ele é postado no YouTube. Oxa contou ao Blogay em entrevista por telefone que “desde 2005, o mundo das transformistas estava parado em Fortaleza, daí pensei na ideia de fazer um BBB cearense mas apenas com trans, travestis, drags, go go boys.”
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Ela admite que o nordestino é muito homofóbico. “O gay aqui é uma coisa louca, sofre muito preconceito”, diz a travesti que já militou no GGB (Grupo Gay da Bahia) e participou de um associação de travestis em Salvador. Porém, a sua ideia de um reality show LGBT teve uma enorme receptividade por parte de Carlos e sua equipe. “Ênio é hétero e tem todo cuidado com as meninas, ele pergunta como querem que elas sejam chamadas, se tudo bem dizer tal coisa.”
E com o programa no ar, um burburinho começou a se formar nas ruas de Fortaleza. “As pessoas estão adorando, torcendo, tem participante que tem até fã clube agora”, diz Oxa.
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São dez sexodiversos que participam do quadro que encerra o programa e fica em um bloco de 40 minutos. A cada semana, uma é eliminada. “O prêmio é a realização de um sonho, tem desde fazer um cruzeiro, reformar a casa, ter um imóvel próprio, mas a grande maioria quer abrir um salão de beleza”, conta a apresentadora.
Ela revelou para o blog que o sucesso está tão grande que o programa aumentou, terminará só no dia 16 de dezembro. Além disso, terá repescagem e alguma das participantes que foi eliminada retornará para a competição.
Oxa também pretende que um dos quadros seja com a presença dos familiares das competidoras. “Para tirar o estigma [de que gay é sempre rejeita pelos parentes], ampliar o universo porque apesar de toda a loucura que elas fazem, elas têm uma família que as apoia e incentiva”.
O pajubá das bees é outro atrativo de um programa divertido, non sense e muito tolerante. Choque de monstro!
Veja os vídeos com os resumos abaixo:
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