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Sobre o voto contra a homofobia

Por Vitor Angelo

Alguns leitores do blog me escreveram pedindo para saber em quem vou votar, ou indicar candidatos que são contra a homofobia. Muito menos por pudor e muito mais por achar que é importante que cada indivíduo forme a sua própria opinião para realmente termos aquilo que desejamos que seja chamado de cidadania, eu me abstenho aqui de revelar meu voto, nem indico candidato nenhum que eu sei que é contra a homofobia.

Mas sobre o voto contra a homofobia é importante, nestas eleições municipais, que você pesquise qual o candidato à prefeitura de sua cidade tem melhores propostas ligadas aos direitos humanos, a diversidade e aos LGBTs e quais não.

Se para o executivo é mais fácil detectar os candidatos mais simpatizantes e os mais homofóbicos, o mesmo não acontece com o legislativo. Aliás , o desprezo e a pouca importância que damos às eleições para vereadores de nossa cidade pode acabar nos colocando em ciladas. É um voto fundamental e, muitas vezes, até a última hora não temos nem ideia de quem e que partido iremos votar para a Câmara Municipal.

São os vereadores quem projetam as leis, definem orçamentos, cuidam da lei orgânica da cidade que é uma espécie de constituição municipal. Não é pouca coisa não.

Mas o voto anti-homofóbico para vereador é mais difícil. Este exige muito mais pesquisa. Muitas vezes, o candidato que gostamos e tem um perfil progressista, mas tem seu partido coligado com outros que trabalham contra os direitos LGBTs.  É importantíssimo saber as coligações que acompanham cada partido porque muitas vezes você pode colocar uma pessoa que tem projetos pró-diversidade sexual e seu suplente simplesmente tem ideias completamente contrárias, porque vem de partidos ligados aos fundamentalistas ou com tendências conservadoras. Isto é, se por acaso o seu candidato se elegeu, mas tem um suplente horrível (fruto de acordos políticos), se ele sair para disputar um outro cargo ou for nomeado como secretario municipal ou algum cargo admnisitrativo, você acabou de dar seu voto exatamente para uma pessoa que te repudia.

Eu sei, não é fácil, tem que pesquisar, entrar nos sites,  conversar com as pessoas e formar sozinho sua opinião sobre o que você deseja para a sua cidade, o seu estado e país. Exatamente por isto, cidadania não é uma dádiva, é conquista.

Urna eletrônica (TSE/Divulgação)

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