“A França quer ser exemplar, não para ensinar, mas porque é a história dela, é sua mensagem. Exemplar para as liberdades fundamentais: é a sua luta, é também sua honra. Esta é a razão pela qual a França vai continuar a realizar todas essas lutas: para a abolição da pena de morte, os direitos das mulheres à igualdade e dignidade, para a descriminalização universal da homossexualidade, que não deve ser reconhecida como um crime, mas, pelo contrário, reconhecida como uma orientação [sexual].
Todos os países membros têm a obrigação de garantir a segurança de seus cidadãos, e se um país adere a esta obrigação, então é imperativo que nós, nas Nações Unidas, facilitemos os meios necessários para fazer essa garantia. Estas são as questões que a França vai levar e defender nas Nações Unidas. Digo isso com seriedade. Quando há paralisia… e inação, então a injustiça e a intolerância podem encontrar o seu lugar.”
Esta é uma parte do discurso do presidente da França, François Hollande, na abertura da Assembleia Geral da ONU na semana passada. A ficha ainda não caiu, mas o país que criou os direitos humanos e o estado laico resolveu soltar a sua verdadeira voz.
É muito bom de ler e assistir um homem que, na frente de muitos outros que condenam a homossexualidade (estavam inúmeros representantes de países árabes e africanos, os mais ferrenhos opositores aos direitos gay), diz o que pensa, sem firulas. “Vamos acabar com esta viadagem de prenderem e matarem os gays” falaria ele se fosse um mano da perifa. Mas ele é um estadista, agora o nosso estadista, de todos os LGBTs. Vive la France!
Abaixo o discurso em francês de Hollande:
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