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Servidores de SP recebem capacitação contra a homofobia

Por Vitor Angelo

Prólogo:

Cartaz da campanha contra a Aids do Ministério da Saúde, 2012 (Divulgação)

Ao verem este cartaz da campanha de DST-Aids acima, funcionários de uma unidade básica de saúde , em Osasco, na Grande São Paulo, começaram a criticá-lo.

A funcionária Laura Regina relatou ao Blogay: “Me chocou o comportamento dos funcionários, ameaçando inclusive retirar o cartaz. Uma das atendentes ainda disse: ‘Quero ver o que as crianças vão achar disso’. Outro disse: “Eu não concordo, você tem que respeitar minha opinião’, e mais uma ‘tem pessoas religiosas que trabalham aqui!’ Poxa, somos profissionais em saúde, ali dentro, no atendimento básico, seus preconceitos tem que ficar em casa!”

***

O episódio acima mostra o quanto os servidores públicos estão despreparados para entenderem o significado de cidadania e ética profissional, confundindo-as com opiniões meramente pessoais e , em geral, vindo do mais baixo senso comum.

Foi pensando em caso como estes que a Cads (Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo), lançou o curso à distância “A Conquista da Cidadania LGBT: A política da diversidade sexual no estado de São Paulo”. E já está já aceito pré-matrículas para a sua quinta edição que começa no dia 28 de agosto.

Debora Malheiros, assistente técnica da Cads e envolvida desde a formatação do projeto, disse ao Blogay que são capacitados por turma mil servidores públicos do estado e também do município de São Paulo. “A ideia surgiu quando a gente pensou no tamanho do estado de São Paulo e o número de servidores públicos sendo que a homofobia é um problema que tem que ser enfrentado por mais de 600 mil funcionários públicos. Como a estrutura é pequena, o ensino à distância, virtual, pareceu a melhor solução”, explicou.

A instrumentalização para receber bem o cidadão LGBT passa pelo servidor entender e conhecer a legislação, a lei estadual anti-homofobia 10.948 ou o decreto 5588 que permite travestis e transgêneros serem chamados pro seu nome social. “Conhecendo as leis e os direitos dos LGBT com certeza um servidor não chamará uma travesti por seu nome no registro da certidão de nascimento”.

O curso passa por questões de educação, cidadania e homofobia. “O estado tem que acolher o cidadão LGBT como qualquer outro cidadão”, enfatiza Malheiros.

Folheto do curso à distância “A Conquista da Cidadania LGBT”, do Cads, 2012 ( Divulgação)

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