Nos últimos anos, o Brasil viu diminuir o número de paradas gays. Segundo dados da ABGLT, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros, se em 2010, foram 201 eventos do orgulho gay, o número caiu para 160 em 2011 e neste ano acontecerão apenas 64 paradas.
Estes dados representam que ongs andam com dificuldade para captar recursos para estes eventos, mas também uma mudança de foco da militância que tem preferido marchas e caminhadas menores, descentralizadas, com um alto teor de politização.
Um exemplo foi a marcha que aconteceu no domingo, 20, na zona sul de São Paulo. A participação está bem longe dos milhões da parada da Avenida Paulista. Foram apenas 60 pessoas, mas todas muito conscientes e dando visibilidade às principais bandeiras do movimento gay, até a que pretende se firmar como aliada de outros movimentos sociais. “A nossa luta é todo dia, contra o machismo, racismo e a homofobia!” foi um dos gritos dos manifestantes.
1ª Caminhada LGBT da Zona Sul de São Paulo foi organizada por membros do Grupo ELES, Diversou, 5ª Diversidade e 4 Elemento com divulgação feita principalmente nas redes sociais. Este novo elemento parece ser agora um dos pontos centrais das militâncias e quanto mais as ongs conseguirem lidar bem com elas, melhor para toda a militância.