No último domingo, 7, Sergey Kondrashov segurou um cartaz, em São Petersburgo, na Rússia, com a seguinte frase: “Uma querida amiga da família é lésbica. Minha esposa e eu a amamos e a respeitamos. E sua família é exatamente igual a nossa.” Ele foi preso.
Acusado de ativista, o advogado só queria mostrar seu apoio a uma amiga homossexual e solidarizar-se contra a lei anti gay (que proíbe qualquer “propaganda” homossexual, aliás nem a palavra gay pode ser falada) aprovada na cidade russa de São Petersburgo. Na verdade, Sergey ergueu seu cartaz porque acredita que todos os russos são iguais perante o Estado e devem ter os mesmo deveres e mesmo direitos e a lei anti gay não faz nenhum sentido.
Por sua atitude fraterna, ele pode ser multado e preso por até duas semanas. Entidades ligadas aos direitos dos homossexuais estão protestando contra a prisão. Pois a lei anti gay de São Petersburgo, mais do que um reflexo dos tempos presentes, é um sintoma de um passado ditatorial travestido de comunismo que acreditava que os homossexuais eram o sinal da decadência do capitalismo.
Se o tal comunismo real caiu, muito de seus aparatos continuam firmes como o autoritarismo presente na figura quase “imexível” do Primeiro Ministro russo Vladimir Putin, os privilégios dos burocratas transferidos para os mafiosos e o puritanismo do proletariado transformado em moral conservadora.
Enquanto isso, a Rússia mostra ser um país pouco amistoso com os homossexuais e acaba de rejeitar a declaração dos direitos dos homossexuais pelo G8, nesta quinta-feira, 12. É, infelizmente, a próxima placa que o gays e progressistas devem levantar por lá é: “A coisa tá russa!”