A cidade do Rio de Janeiro viveu um debate tenso depois que o vereador Carlos Bolsonaro (PP) apresentou um projeto de lei que proíbe distribuição de materiais didáticos sobre a diversidade sexual em escolas públicas municipais.
Depois de um abaixo-assinado contra o projeto e protesto de várias entidades ligadas aos direitos dos homossexuais e aos direitos humanos, o projeto de lei 1082/11 saiu da pauta da Câmara dos Vereadores e não existe data definida para uma próxima votação.
Em Campinas, o professor de história José Carlos Rocha foi procurado por três alunas heterossexuais, em 2004, pois estavam preocupadas por casos de homofobia contra alunas lésbicas que frequentavam o período da noite. Desde esta data, a Escola Estadual Culto à Ciência oferece palestras contra o preconceito e a homofobia.
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A pergunta que fica é: qual o medo de esclarecer e educar contra a homofobia? Existe má fé profunda ao assumir o título “kit gay” para um material que na verdade é mais um kit contra a intolerância. Além disso, é mentiroso dizer que o projeto quer transformar as crianças em homossexuais como os Bolsonaros tanto insistem nesta mesma tecla desafinada e que ilude os mais incultos em relação ao tema. Ninguém se transforma em homossexual, nasce-se homossexual – pelo menos acredito nisso -, o que o projeto contra a homofobia nas escolas pretende é ensinar o respeito às diferenças e com isso diminuir tanto o suicídio de jovens homossexuais que são pressionados por bullying homofóbicos nas escolas e também em seus lares.
Na verdade, ao pregar contra um material didático contra a intolerância é desejar que mais pessoas permaneçam em suas ignorâncias para mais fácil manipulá-las.