O Rio de Janeiro tem tudo para ser o destino gay do planeta. Além dos clichês – verdadeiros – de cidade maravilhosa, o carioca tem uma relação com o corpo que muito se assemelha e se identifica com um grande segmento dos homossexuais. Mas para isso, fatos, como o que ocorreu nesta segunda-feira, 13, no aeroporto do Galeão, têm que ser exemplarmente punidos.
Um casal de homossexuais foi abordado no Aeroporto Internacional por um taxista “pirata” – nome dado para os que não são cadastrados no ponto do aeroporto. Eles se recusaram a pegar o táxi e foram agredidos verbalmente pelo taxista, que fez questão de ofendê-los e falar de forma pejorativa sobre a orientação sexual dos rapazes. Um deles não gostou e partiu pra briga. O outro rapaz, ao tentar separar a briga, acabou levando um chute no rosto de um segundo taxista “pirata”.
Para o jornal O Dia, o delegado Ricardo Codeceira, titular da Delegacia do Aeroporto Internacional (Dairj), disse que “a agressão foi provocada por preconceito contra o casal gay”. Ele também, informou ao jornal que o taxista que deu o chute no rapaz – que agora está no Hospital Santa Maria Madalena – está detido e responderá por tentativa de homicídio, Já o primeiro taxista que agrediu verbalmente o casal está foragido.
Desse caso temos algumas mudanças positivas em relação à violência homofóbica. As vítimas não foram tratadas como culpadas como em muitos casos de homofobia, o delegado reconheceu a natureza homofóbica do crime e, não só isso, deteve um dos agressores. Sinal que o Rio realmente está empenhado em ser um destino gay e anti-homofóbico.
Atualização às 21h30: Os dois taxistas Marcos Ribeiro da Silva, 41, conhecido como Cocoroca, e Rodrigo Alves da Silva, 31, conhecido como Docinho, foram presos e autuados por tentativa de homicídio como informa a Folha.
Atualização às 22h15: Veja as imagens da agressão ao casal gay clicando aqui.