Blogaytransexual – Blogay http://blogay.blogfolha.uol.com.br A contribuição dos gays, lésbicas e travestis para o mundo Wed, 18 Nov 2015 02:07:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Museu abre exposição sobre LGBTs e futebol http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2014/06/11/museu-abre-exposicao-sobre-lgbts-e-futebol/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2014/06/11/museu-abre-exposicao-sobre-lgbts-e-futebol/#comments Wed, 11 Jun 2014 23:00:50 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=1722 Durante anos, drags se reúnem para jogar uma pelada nas ruas da Barra Funda, os moradores se apinham para ver o jogo, a risada corre solta, afinal, nada mais divertido e democrático que o futebol praticado por elas. Ali está a tolerância, o respeito e, mais ainda, o sentido lúdico e mágico que nunca deve ser esquecido no futebol, o esporte enquanto jogo (play).

Jogador heterossexual dá selinho em amigo, publica em seu Instagram e pergunta se a homofobia anda em alta. A resposta vem nervosa, intolerante, radical. O autor do post é obrigado a pedir desculpas para uma torcida organizada mostrando, de forma rude, o quanto ainda precisamos evoluir em termos de respeito. O futebol esquece o seu campo lúdico e entra no do pesadelo de uma sociedade fechada em estigmas rígidos.

Em tempos de Copa no Brasil, o Museu da Diversidade Sexual, em São Palo, abre, nesta quarta-feira , 11, a exposição “Diversidade Futebol Clube: no nosso time joga todo mundo”, com fotos de Roberto Setton sobre a partida de futebol das drags que acontece nas ruas da Barra Funda em frente da boate gay Blue Space. A curadoria de Diógenes Moura, 57, mostra 34 imagens que captam a interatividade entre os moradores do bairro e as drags em um movimento diametralmente oposto do jogador que deu o selinho no amigo e a torcida organizada.

Assim como existe a integração do Museu da Diversidade com o Museu do Futebol, que segundo Diógenes disse ao Blogay por telefone, “colaborou com a trilha da exposição que serão os barulhos das torcidas”.

No texto sobre as fotos captadas por Setton de 2008 a 2012. Diógenes escreve: “Ali, entre a fantasia pública e privada, times e torcida fizeram a festa. Cada imagem apresenta  uma espécie de libertação. Não se trata de uma caricatura. É um desafio. Há quem jogue com um bolo de aniversário na cabeça, de saltos altos ou com a inscrição que dá continuidade àquela noite em que Ronaldo, o Fenômeno, foi parar em um motel com travestis e depois apareceu na tv dizendo que estava ‘muito triste, até chorei’. Na camiseta de uma das jogadoras está escrito: ‘Ronaldo, me pega’. Nada mais sutil”.

O grande gol da exposição é este, mostrar sutilezas e cores variadas  em um mundo que insiste ser em preto e branco.

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Visibilidade trans: Três relatos (parte 3) http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/02/17/visibilidade-trans-tres-relatos-parte-3/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/02/17/visibilidade-trans-tres-relatos-parte-3/#comments Sun, 17 Feb 2013 14:00:55 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=1083 Quando levantada aqui no blog as questões sobre qual lugar os transgêneros teriam e devem ter na vida social montada em cima de um sistema binário, muitos responderam nos comentários que a questão era simples: se tem pênis, vai no banheiro/vestiário masculino e se tem vagina no feminino.

Ao afirmarem isto estão em total desrespeito sobre o que é ser transgênero, por ignorância ou má fé, não conseguem enxergar que a própria existência dos/das trans questiona o órgão sexual como definidor de seu gênero.

Grosso modo, o indivíduo trans se sente inadequado ou em desconformidade com o gênero que nasceu. Então nada mais obtuso e grosseiro do que falar quem tem tal órgão vai pra tal casinha e tudo certo. Estes com certeza não se interessam e querem se livrar rapidamente de um dilema que não conhecem pelo mais rasteiro senso comum.

Por isto o Blogay conversou com três trans femininas – que são as personagens que devem ser primeiramente escutadas. Elas contam o que acham de um terceiro banheiro e se já sofreram preconceito ao ir em um banheiro ou vestiário público

Samantha Aguiar (Reprodução/Facebook)

 Samantha Aguiar, transexual

Sim, sim, já sofri preconceito anos atrás num baile de Carnaval no extinto Palace [em São Paulo] depois de duas vezes que já tinha entrado no banheiro feminino, uma segurança pediu meu RG pra entrar no banheiro.

Mas não evito frequentar lugar nenhum com medo nenhum.

Não acho bacana criar banheiros pra trans… Um horror, as chacotas só aumentariam… Na Europa, em alguns clubes, sabiamente, os banheiros são UNISSEX. Uma trans feminina deve sim usar só o banheiro feminino. Eu só uso banheiro feminino, e essa historia do Palace foi a única na minha vida; e seria muito mais problema e alvoroço uma trans num banheiro masculino.

Viviany Beleboni (Reprodução/Facebook)

Viviany Beleboni, travesti

Nunca sofri preconceito [em banheiros e vestiários públicos], às vezes olhares mais perceptivos, algumas meninas olham e percebem , a maioria que percebe sorri e admira, muitas poucas olham com ar de deboche ou risos, pelo menos no meu caso.

Conheço muitas travestis que se sentem oprimidas em viver com a sociedade e se reprimem achando que não tem o direito de ir e vir, com medo de transfobia e humilhações seja em shoppings, bares ou baladas. Mas confesso, é muito frustrante você ir em algum lugar e as pessoas te olharem como algo de outro mundo ou rirem como se você não fosse para estar ali com elas. Isso já me aconteceu em baladas mas tiro de letra quando acontece.

Eu acho uma bobagem um banheiro para trans, uma travesti ou transexual, na minha opinião, não entraria nesse banheiro, porque ao entrar ou sair sofreria sim preconceito, eu até hoje como disse nunca vi nenhuma situação das mulheres se sentirem constrangidas, muito pelo contrário, a maioria elogia.

Lógico que eu uso o banheiro feminino, seria ridículo e completamente constrangedor para nós travestis, uma por que ao entrar seríamos motivos de chacotas, risos, deboches, e até vitima de transfobia, pois vivemos em um pais muito machista e hipócrita onde a maioria sai [sexualmente] com trans e ao falar sobre o assunto eles dizem completamente o contrário. E até mesmo se precisam, eles [os que saem com trans] xingam falando que é errado.

É muito mais discreto você entrar em um banheiro feminino, é muito mais confortável você entrar com suas amigas mulheres ou trans.

Bianca Soares (Reprodução/Facebook)

Bianca Soares, transexual

Sofri preconceito não como trans, mas como gay vestida de mulher há muito tempo. A recepcionista do banheiro ou seja a encarregada da limpeza falou para eu ir no banheiro masculino, lógico que não fui. Hoje em dia não (sofro preconceito em banheiros públicos) porque sou muito segura de mim e tenho as leis do Brasil a meu favor. ufa!

Sou contra o banheiro para trans. Acho puro preconceito, óbvio que tem que ser o feminino afinal sou uma mulher (Bianca conseguiu seu registro social, isto é trocar seu nome da certidão nos documentos para um nome feminino há oito meses) e vou no banheiro não para ficar caçando ou vendo mulher pelada, idem o transexual masculino . Óbvio que uma trans feminina, educada, que tem índole prefira o feminino porque o objetivo do banheiro é o mesmo pra um hétero educado e íntegro.

Quando Bianca diz que tem as leis a seu favor, ela esta se referindo às mesmas que Laerte na entrevista anterior citou, a lei estadual 10948 (se você não morar no estado de São Paulo, informe-se se não existe nenhuma lei análoga em seu estado ou município). Clique aqui para saber mais.

Leia a parte 1 sobre visibilidade trans, clicando aqui.

Leia a parte 2 sobre visibilidade trans, clicando aqui.

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Transfobia: Travestis são mortas na Grande Goiânia e transexual é barrada em casa de eventos no interior de São Paulo http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/09/07/transfobia-travestis-sao-mortos-na-grande-goiania-e-transexual-e-barrada-em-casa-noturna-no-interior-de-sao-paulo/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/09/07/transfobia-travestis-sao-mortos-na-grande-goiania-e-transexual-e-barrada-em-casa-noturna-no-interior-de-sao-paulo/#comments Sat, 08 Sep 2012 02:50:55 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=821 Na madrugada de sexta-feira, 7, três travestis foram assassinadas  em Aparecida de Goiânia, na Grade Goiânia. Elas foram fuziladas por homens armados. Uma outra travesti foi esfaqueada em outra cidade próxima, Hidrolândia, em um posto de gasolina.

As quatro supostamente se prostituíam pois esta é uma realidade e uma solução para grande parte das travestis que são expulsas de casa sem nenhum tipo de ajuda da família, que as renegam veementemente. O fato só muda quando muitas conseguem, além de sobreviver, mudar de país e ganhar muito dinheiro com a prostituição no exterior. Ao voltar para o Brasil, em geral, compram a casa dos familiares e os sustentam. Neste momento, o que era vergonha vira esquecimento ( de que tem um(a) transgênero na família) e silêncio.

Mas existe um outro silêncio, o silêncio da humilhação que é uma coisa que muitos transgêneros estão resolvendo quebrar. Nesta mesma sexta-feira, rodou pelas redes sociais o desabafo da transexual Jessyca Dias:

“Eu, Jessyca Dias, 27 anos, Transexual desde os 18 anos, fui vitima da mais abjeta transfobia num estabelecimento chamado Rancho Jundiaí [em Jundiaí, interior de São Paulo]. Ao chegar na entrada do estabelecimento com minhas amigas, a segurança pediu meu RG. Quando viu que o documento constava ainda o nome de homem, a segurança disse que eu não poderia entrar e que eram ordens da casa. Indignada, disse que ela não podia me impedir pelo fato de eu ser transexual, pois aquilo era preconceito. Nesse momento, a segurança chamou um outro colega que perguntou se eu estava com as meninas, que estavam ao meu lado. Ao confirmar, o segurança me deixou entrar. Na bilheteria reclamei do ocorrido com a moça que recebia o meu dinheiro e ela disse que a atitude de não deixar entrar travestis e transexuais estava correta.

Ao entrar na casa, fui falar com o dono do evento, de nome Edson Del Roy . Ele disse que estava proibida a presença de travestis e transexuais, pois elas usam vestimentas inadequadas para o local, como vestidos, blusinhas e saias curtas. Quando falei que as mulheres que frequentavam o local se vestiam da mesma maneira, ele disse que eu não podia ser comparada a uma mulher. Ao final, disse que iria buscar meus direitos, e ele com a voz já alterada, disse que não se importava com isso. A conversa encerrou-se ali.

Minha noite de diversão acabou. Me senti ultrajada, humilhada. Desde que me assumi, como transexual, nunca tinha passado por isso. […] Informo também que estarei tomando todas as medidas, judiciais e extra judiciais, contra o estabelecimento e contra o dono do evento. É obrigação de cada LGBT, que foi violentado em sua honra e dignidade, ir até as ultimas consequências para obter Justiça!”

A análise desta situação é melhor descrita pela filósofa Marilena Chauí em sua fala no debate “A Ascensão Conservadora”, que aconteceu no final de agosto, em São Paulo. “A sociedade brasileira é extremamente violenta e tem a tendência a situar a violência apenas na região da criminalidade e, de não perceber, que a violência é toda a violação física e psíquica que você faz contra a natureza de alguém. Ora, uma sociedade que trata seres humanos que são racionais, dotados de sensibilidade e dotados de linguagem como se eles fossem coisas, portanto irracionais, mudos, inertes e passivos, é o grau máximo da violência porque você não reconhece a humanidade do outro”.

O Blogay tentou contato com o estabelecimento sem sucesso.

Os dois casos acima mostram o alto grau de transfobia que a sociedade brasileira ainda teima em se enlamear.  Como já escrevi algumas vezes aqui no blog, os transgêneros estão na vanguarda, no sentido de estarem na linha de frente na batalha contra os intolerantes e, estando nesta posição, são as primeiras a levar as pedradas.

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Mas nem tudo é ruína, ainda temos algumas brechas de uma possível sociedade mais inclusiva e generosa. A revista “Trip”, por exemplo, escolheu a modelo transexual Carol Marra para ser sua “trip girl” deste mês.

Carol Marra (Marcio Simnch – Revista Trip)
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Após ser barrada em banheiro feminino, transexual é agredida em boate de Corumbá http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/09/01/ao-ser-barrada-em-banheiro-feminino-transexual-e-agredida-em-boate-de-corumba/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/09/01/ao-ser-barrada-em-banheiro-feminino-transexual-e-agredida-em-boate-de-corumba/#comments Sun, 02 Sep 2012 02:30:54 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=776
Rafaela Morais com a marca da agressão (Arquivo Pessoal)

A transexual Rafaela Morais, 28, foi agredida com uma lata de cerveja jogada em seu rosto, depois de ser impedida de utilizar o banheiro feminino da casa noturna Studium 1.054, em Corumbá, Mato Grosso do Sul, na madrugada de sexta para sábado, 26.

Era a terceira vez que ela ia ao banheiro, mas foi impedida de entrar por uma funcionária da boate que exigiu um documento da transexual que provasse que ela era mulher.

Por ironia do destino, Rafaela estava na casa noturna comemorando a decisão de poder trocar seu nome nos documentos e sua nova certidão de nascimento que alterará seu nome masculino pelo feminino, concedido por um juiz em Brasília.

Ela fez um boletim de ocorrência com o acontecido: por ser vítima de preconceito e não ter sido atendida com os primeiros socorros ainda no local.  Conforme notifica sua assessoria ao Blogay, Rafaela ficou indignada.

“Nunca sofri uma humilhação tão grande na minha vida e está sendo cada dia mais difícil superar o que passei. A mulher não viu um homem na frente dela e, sim, uma mulher. Além disso, eu já havia usado o banheiro duas vezes, porque pedir meus documentos depois?”, pergunta a transexual.

O advogado criminalista Jairo Lopes ressalta: “Somente quem teria competência para exigir documentos de alguém seria uma autoridade pública ou estabelecimentos privados na comprovação de uma idade mínima para o ingresso em uma casa noturna, por exemplo.”

Lopes diz que no caso de Rafaela poderá haver acusações de danos morais e  diversas possibilidades de crimes.

Com a discussão sobre identidade de gênero sendo travada cada vez mais no país,  surgem algumas questões a serem solucionadas e repensadas como qual o lugar dos transgêneros em ambientes que existe a divisão de gênero como banheiros, vestiários, saunas.

Recentemente um evento realizado pelo “revista TPM”, em uma casa em São Paulo, deu uma resposta a esta questão ao colocar ao lado do signo que indicava o banheiro feminino, o retrato da(o) cartunista Laerte. Isto é, o banheiro era de todas que se identificassem com o gênero feminino.

Entrada do banheiro feminino da Casa TPM (Instagram/Vitor Angelo)
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Rio Grande do Sul é o primeiro estado brasileiro a admitir o nome social dos transgêneros http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/08/17/rio-grande-do-sul-e-o-primeiro-estado-brasileiro-a-admitir-o-nome-social-dos-transgeneros/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/08/17/rio-grande-do-sul-e-o-primeiro-estado-brasileiro-a-admitir-o-nome-social-dos-transgeneros/#comments Sat, 18 Aug 2012 02:00:43 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=728
Roberta Close (Divulgação)

 

Roberta Close só pode trocar o nome de nascença, Luís Roberto Gambine Moreira, finalmente para Roberta Gambine Moreira, em 2005. 15 anos depois de sua cirurgia de redesignação sexual e 41 de seu nascimento.

La Close já era muito famosa no país desde os anos 1980 e nem este fato facilitou a burocracia da humilhação. Bom, pelo menos ela conseguiu o que chamamos de o nome social, isto é, ter o direito de ter documentos que correspondam com sua identidade de gênero. Exemplo: uma transexual que nasceu Thiago pode mudar o nome para Tyra ou Bárbara.

O preconceito com os transgêneros passa por esta questão fundamental. Ela começa principalmente na hora de apresentar algum documento. É um constrangimento proposital e policialesco, pois é também uma forma de punir aqueles que ousam ultrapassar e mostrar que as barreiras entre masculino e feminino não são fixas e imóveis.

O Rio Grande do Sul é pioneiro no país contra esta perversão e emite, desde este mês, a Carteira de Nome Social (CNS). É uma forma de pressionar que órgãos públicos aceitem  o novo documento.  É também o reconhecimento civil da existência dos transgêneros , já que existimos para o Estado a partir do momento que temos um nome e um documento com este nome.

Neste mesmo estado, mais de uma década atrás, aprovou-se a pensão para um companheiro do mesmo sexo que perdeu seu marido, rumando depois para a afirmação legal da parceria civil de um casal gay.  Hoje, o Supremo Tribunal Federal recomenda que este tipo de união seja reconhecido legalmente.

É um pequeno passo para um grande futuro.

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O vogue, Leiomy Mizrahi e a felicidade gay (uma redundância) http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/19/o-vogue-leiomy-mizrahi-e-a-felicidade-gay-uma-redundancia/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/19/o-vogue-leiomy-mizrahi-e-a-felicidade-gay-uma-redundancia/#comments Fri, 20 Jul 2012 02:30:21 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=615 [youtube xjPVIOCP-j8 nolink]

Quando a gente assiste a este vídeo acima com um povo em Ohio em um salão de baile, o chamado ballroom,  delirando com a diva do vogue, a transexual Leyomi Mizrahi, só uma palavra vem à cabeça: felicidade. Nada pode ser mais simples que uma passarela, uma turma animada e a dança e também nada pode ser mais feliz.

Se gay – e pensando no termo como algo que abrange homossexuais masculinos, femininos, transgêneros e  bisexuais – significa em inglês feliz, é assim que me identifico com estes rostos variados de Ohio, um lugar tão distante do meu, mas ao mesmo tempo tão próximo da vibração que sinto. Quando todos saúdam aquela que é considerada um dos ícones da dança vogue dramática, Leyomi Mizrahi, nada me parece mais justo e acertado neste mundo.

Leiomy Mizrahi (Reprodução / My Space)

Mizhari é conhecida pelas suas aparições na MTV americana mas, acima de tudo, em Nova York, ela é uma lenda do vogue contemporâneo (a dança popularizada por Madonna, em 1990)

[youtube XxApzF_j-3k nolink]

O vogue, podemos dizer, é o break gay. Com direito a muita fechação, carão, humor, poses inspiradas em capas de revistas de moda, mas movimentos que lembram um breaking mais afetado porém não mais fácil tecnicamente.

Criado por gays negros e latinos nos Estados Unidos, isto é a minoria da minoria,  ele parece ser feito para uma maioria que quer ser feliz, seja fazendo carão, seja gritando quando um passo saiu em ritmo com a poesia do MC ou ainda para bater muito cabelo.

Cata este bate cabelo de Mizrahi!

[youtube NJaWGV75tMU nolink]

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Namorado de Ariadna grava vídeo em defesa da transexual http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/02/26/namorado-de-ariadna-grava-video-em-defesa-da-transexual/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/02/26/namorado-de-ariadna-grava-video-em-defesa-da-transexual/#comments Mon, 27 Feb 2012 02:00:23 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=82
Ariadna e o namorado Gabriele Benedetti (Reprodução/Twitter)

Gabriele Benedetti não gostou do modo como trataram sua namorada Ariadna e saiu em sua defesa.

[youtube e_CHWpsFyVc nolink]

“Acabei de assistir a um vídeo na Internet de um tal de Bola, Bolinha, não sei o nome dele [integrante do Pânico na TV que a produção acabou fazendo uma brincadeira no programa sobre uma possível relação entre os dois para desgosto de Bolinha], e vi que tratarem de um jeito muito ofensivo minha mulher. Gostaria de falar para quem fez esse programa que pode ser divertido para alguém que não tem o que fazer, mas na verdade tratar de alguns assuntos desse jeito ofensivo não é certo nem legal. Nosso mundo já tem muito preconceito”, disse o empresário italiano em vídeo publicado no dia 21 de fevereiro no YouTube.

Nele, Benedetti também diz que não é gay. Esta declaração vem para reafirmar – mesmo com o ar de dúvida dos mais ignorantes – que são os heterossexuais os mais interessados sexualmente pelas transexuais, como já escrevi aqui. Mas dentro de uma lógica perversa, o hétero que assumi abertamente que não tem problemas em se relacionar com trans, pois o que está em jogo é o desejo pela figura feminina, pode também ser alvo de zombaria.

“Gostaria de falar pra todo mundo que não sou gay, mas se fosse não teria nenhum problema. Queria falar que minha mulher é mulher. Se alguém tem curiosidade, ela é uma mulher que fez uma operação total pra ficar mulher. E muita gente não sabe quanto esse percurso é muito complicado e difícil. Por isso, admiro muito a minha mulher.[…] Eu entendo que seja muito curioso saber como é namorar uma mulher que tem a história da Ariadna. Mas gostaria de falar de coisas mais lindas, como o sentimento que eu tenho por ela e o carinho ue tenho por ela.[…] Gostaria de agradecer aos milhões de fãs dela que apoiam nossa história”, termina o namorado de Ariadna, a primniera transexual do BBB.

O que é mais louvável nesse vídeo é a coragem que Benedetti tem de mostrar a cara, de dizer seus sentimentos em relação a Ariadna, e de ser um homem de verdade ao defender o que ama.

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