Blogaymanifestação – Blogay http://blogay.blogfolha.uol.com.br A contribuição dos gays, lésbicas e travestis para o mundo Wed, 18 Nov 2015 02:07:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Manifestação contra Marco Feliciano (um relato pessoal) http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/03/09/manifestacao-contra-marco-feliciano-um-relato-pessoal/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/03/09/manifestacao-contra-marco-feliciano-um-relato-pessoal/#comments Sun, 10 Mar 2013 02:00:30 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=1129 Nesta tarde de sábado, 9, nesta terra de Macunaíma, a preguiça deu espaço para a reação, para a tomada de posição, para a indignação e principalmente para a cidadania. Insatisfeitos com a nomeação do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) – acusado por ativistas de racismo e homofobia e investigado pelo STF por estelionato – para a presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias,  os brasileiros resolveram sair às ruas.

Manifestação contra o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) em São Paulo (Clara Averbuck)

Eu resolvi sair também. A primeira estranheza era a quase ausência de bandeiras de partidos políticos. É muito cedo para dizer se isto é positivo ou não, mas é novo! Muitos movimentos e manifestações que se dizem apartidários ou supra partidários e nascem nas redes sociais – como este – deixam claro no primeiro grito de guerra na rua as suas filiações partidárias. Ali afirmava-se acima dos partidos que eram os movimentos sociais e pessoas independentes que queriam mostrar sua indignação.

Uma surpresa boa: encontrei amigos que raramente os vejo neste tipo de evento. Eles estavam lá, firmes, gritando,  algo neles sinalizava que as negociações políticas tinham ido longe demais, eles não podiam mais ser indiferentes.

Da mesma forma, foi super orgânica a união, em determinado ponto da passeata, entre os que protestavam contra Feliciano com os que pediam a renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. Quem acompanhou pela internet, presenciou brigas homéricas entre os participantes de um e o de outro evento, mas quando tudo saiu da virtualidade e se tornou real, percebeu-se como de fundo as duas causas se assemelhavam.

Manifestação contra Marco Feliciano (PSC-SP) desce a rua da Consolação, em São Paulo (Shin Shikuma/UOL)

Assim como nunca ficou tão límpido que a luta pelos direitos gays (as faixas pedindo a aprovação do PLC 122 se fizeram bem presentes) é de fundo igual a dos negros, mulheres, cadeirantes. Uma cadeirante me emocionou muito ao fazer questão de fazer o percurso da passeata todo (da Paulista até a Roosevelt e voltando para a Paulista) em calçadas e ruas em péssimo estado. Ela estava dizendo a  todos  que assim estava se irmanando com as causas como todos ali.

No caldeirão das diferenças: uns contra o Renan, outros contra Feliciano, outros denunciando racismo, outros homofobia, misoginias, percebemos ali  de forma muito clara que estávamos todos falando das mesmas coisas: isonomia e cidadania.

Manifestantes se beijam explicitando que tanto a causa LGBT como a negra são de mesmo fundo (Adriano Vizoni/Folhapress)
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O que aconteceu no encontro de Celso Russomanno com o empresariado LGBT de SP http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/09/23/o-que-aconteceu-no-encontro-de-celso-russomanno-com-uma-parte-do-empresariado-lgbt-de-sao-paulo/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/09/23/o-que-aconteceu-no-encontro-de-celso-russomanno-com-uma-parte-do-empresariado-lgbt-de-sao-paulo/#comments Mon, 24 Sep 2012 00:00:43 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=856
Manifestantes distribuem panfleto na porta da The Society, em São Paulo (Reprodução/Facebook)

Uma manifestação ocorreu no sábado à noite, 22, organizada pelos Setoriais LGBT do PT, PSDB, PSOL, a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e militantes independentes, na porta da The Society. Por volta de 60 pessoas, segundo os organizadores, distribuíram folhetos na entrada do clube pedindo explicações para André Almada, dono do boate, sobre a reunião na casa noturna entre o candidato à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas eleitorais e ligado a alguns líderes políticos e religiosos conhecidamente homofóbicos, e alguns setores do empresariado LGBT.

Na carta aberta que eles entragavam aos frequentadores da casa, os militantes levantaram alguns pontos que os leitores deste blog também me cobraram. O que foi discutido? Quais as propostas feitas pelo candidato do PRB?

O Blogay também interessado na discussão enviou algumas perguntas simples para o empresário que respondeu via assessoria:

“Sobre questões referentes ao bate-papo com o candidato Celso Russomanno, no clube de The Society, viemos a público elucidar os principais pontos, observados em fóruns de redes sociais.

Novamente reiteramos que a iniciativa partiu do PTB, do deputado Campos Machado, partido do qual o empresário André Almada é filiado desde 3 de outubro de 2009, quando recebeu convite para presidir o Departamento da Diversidade, sem no entanto ter ocupado o cargo nem ter sido atuante político. Acima de tudo, sua função social como empresário de entretenimento é dar todo o apoio necessário, independentemente de candidato ou partido, para políticas públicas que vão ao encontro do interesse da sociedade como um todo.

Abrimos espaço para que o candidato se apresentasse à classe LGBT. Além disto, sua visita a um clube gay, com a presença de personalidades e empresários do meio, inclusive o próprio Almada, mostra o comprometimento do candidato com o público, caso seja eleito.

Muito se tem questionado o porquê de não divulgarmos as propostas apresentadas. Em nenhum momento esse foi o objetivo do evento, que serviu para uma aproximação com o público gay. O próprio convite, feito pelo André Almada, deixou claro que se tratava de um bate-papo informal, sem cunho político ou necessidade de ampla divulgação pela mídia.

Quanto à sugestão de promovermos um debate com a presença de todos os candidatos, consideramos muito válida a ideia. Acreditamos que esse papel cabe à militância, não a um grupo empresarial, como o nosso. No entanto, colocamo-nos à disposição como apoiadores, cedendo espaço para a realização do evento relacionado”.

Apesar de esclarecedor em diversos aspectos, o comunicado oficial da assessoria não responde às perguntas – simples – que fiz ao empresário (como foi a conversa com o Russomano? Quais foram as propostas dele para o segmento LGBT?; como foi a reação dos convidados?; quem participou desse encontro?). Neste momento, ao qual Almada está sendo atacado por tantos segmentos ligados à militância de promover um debate às escondidas, tudo deveria ter mais transparência. O trecho que “era um bate-papo informal, sem cunho político” foi mostrado para alguns jornalistas ligados à cobertura de política que disseram que isto não existe, ainda mais de um candidato que está em plena campanha eleitoral.

O encontro

Convite do evento ( Reprodução)

O Blogay apurou e descobriu alguns fatos que aconteceram neste encontro que ocorreu na sexta-feira, 14, mas só veio a publico quase uma semana depois. Como são comuns nesta época eleitoral, alguns candidatos convidam empresários para conversar, mostrar ideias e foi um pouco nesta base que aconteceu o encontro. Mas diferente do habitual, havia uma forte presença de militantes do PTB – partido da base de apoio de Russomanno. Tinha-se a impressão da presença de uma certa imprensa pois tinham fotógrafos, pessoas com vídeo, mas realmente conhecida do público LGBT só estava o Mix Brasil. Pesquisa feita mostra que não se noticiou nada sobre o encontro em nenhum jornal relevante ou mesmo no site ligado aos homossexuais que estava presente. Todos os jornalistas amigos deste blog disseram que um evento desta envergadura – do provável prefeito da cidade de São Paulo ligado aos líderes da Igreja Universal (forte opositora dos direitos homossexuais) com o empresariado gay seria notícia de destaque em qualquer jornal, mesmo que a discussão fosse feita na base da informalidade.

Os discursos que antecederam o de Celso Russomanno foram todos feitos com muita cautela e elogiosos tanto sobre a casa noturna como do debate que estava acontecendo. O empresário Alberto Hiar, o Turco Loco, dono da grife Cavalera, estava sentado na plateia e foi convidado para subir à mesa de debate. Ele pode ter subido por ser talvez o mais famoso presente no encontro ou por muitos comentarem que ele faz parte da campanha de Russomanno e foi às reuniões de Campos Machado (PTB), realizados todas as segundas-feiras, para traçar diretrizes da candidatura a prefeito de Celso. Hiar foi contactado pelo blog, mas ainda não respondeu.

Por fim, Celso Russomanno chegou mais de 40 minutos atrasado e com um outro compromisso na agenda. Pediu desculpas pelo atraso, e foi realmente o único a falar sobre os LGBTs de forma mais direta. Disse que é contra a discriminação, que não é homofóbico, e teve uma funcionária que era transexual, e – o mais importante de sua fala – que ele ira escutar os gays, pois ele governará uma cidade para todos. Foram abertas para as perguntas, mas deu tempo apenas para duas , uma delas feita por uma moça que disse ser de um blog desconhecido falava sobre os cadeirantes, algo fora de foco para um debate específico. O candidato se despediu rapidamente pois já tinha outro encontro na sua agenda política.

Conclusão

Não foi discutido nada mais profundo, por isto a dificuldade deste blog de entender o mistério em volta deste encontro – importante sim – não podemos subjugar o potencial político nele contido em todas as suas nuances.

Dois pontos a ressaltar: os gays conhecem o discurso do “não sou homofóbico, tenho um primo, um cabeleireiro, uma funcionária que é  gay” para camuflar a homofobia… Mas, no caso, esta funcionária citada por Russomanno no encontro existe. Chama-se Maria Eduarda Borges, é transexual, e trabalhou para o deputado durante oito anos na Câmara Federal. Ela escreveu para o blog dizendo que nunca sentiu preconceito por parte do deputado.

Pois bem, o Russomanno pode até não ser homofóbico, mas em política, aprendemos rapidinho que este valor conta pouco. As forças que o apoiam e o financiam são – boa parte vinda dos líderes da Universal. Para não ir muito longe, temos o caso de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais, que no primeiro turno disse acreditar que o aborto é um caso de saúde pública. Era explícito que ela tinha um posição mais flexível em relação ao assunto. No segundo turno, as alianças que fez, inclusive com o atual ministro da Pesca, Marcelo Crivella – também ligado à Universal – fez com que recuasse sua posição para o lado inverso. Então, Celso pode até não ser homofóbico, mas se quem deu o dinheiro de sua campanha pressionar como fizeram com Dilma, ele nada poderá fazer a favor dos LGBTs.

Exatamente por isto, por mais burocrático que possa parecer o “vou governar para cidade e quero dialogar com os gays” ganha aqui uma outra conotação, muito mais importante e política. Se estas linhas tivessem sido publicadas ou assumidas por aqueles que estiveram no evento e tanto disseram que não aconteceu nada demais, poderíamos, mesmo que frágil, ter um argumento em uma hora de uma possível repressão por parte de uma provável gestão Russomanno: “Prefeito, você encontrou conosco, por que quer tirar a parada da Paulista? Ou por que quer fechar o Cads? Ou qualquer ato que poderá prejudicar gays, bissexuais e transgêneros.” Isto é algo de cunho político em essência.

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“E os heterossexuais que apanham de gays?” http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/16/e-os-heterossexuais-que-apanham-de-gays/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/16/e-os-heterossexuais-que-apanham-de-gays/#comments Mon, 16 Jul 2012 22:00:46 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=595
Manifestação contra a homofonbia, em São Paulo 14/07/2012 (Divulgação / Sérgio Koei)

Durante o ato contra a homofobia e a violência sofrida por Evertton Henrique depois que saiu da boate A Lôca, que aconteceu na noite de sábado, 14, os manifestantes se depararam com uma pergunta inusitada. No meio do discurso que dizia o porquê da manifestação, um passante gritou: “E os heterossexuais que apanham de gays?”

A pergunta soa absurda, mas existe muita mentalidade mesquinha que adora a tática de reverter o jogo e transformar a vítima em culpado, ainda mais se tratando de minorias.

Quando digo mesquinho, é pela falta de visão, pela obtusidade, como se toda hora heterossexuias apanhassem na rua por gostarem de pessoas do sexo diferente. Mesquinho porque são as mesmas pessoas que tem o discurso enfadonho de dizer que já existe lei contra agressões e não precisa inventar mais nenhuma. Hipocrisia da mais pura mesquinharia, pois não existe uma lei para condenar o motivo da agressão por orientação sexual a vítima.

Manifestação contra a homofonbia, em São Paulo 14/07/2012 (Divulgação / Sérgio Koei)

Quando eu digo tacanho, é pela falta de generosidade intelectual de pensar além do seu próprio umbigo. Tacanho como foi a blogueira-comediante que uma vez me chamou de heterofóbico (olha a falta de neurônio) por eu acreditar que Marcelo Dourado era homofóbico e que defende-lo era compactuar com suas opiniões mesquinhas. E no mesmo processo de se tornar vítima, a blogueira–comediante ainda me mandou uma intimação judicial, além de outros atos anti-éticos que não cabem neste post.

Esta é a tática! Russel Mark, atleta olímpico do tiro da Austrália, disse nesta segunda-feira, 16, segundo o Daily Mail, que estava sendo discriminado por ser heterossexual, pois não poderia ficar no mesmo quarto com sua mulher, Lauryn Mark, companheira de seleção.

“A parte estúpida disso, que eu tentei mostrar para eles, é que existem toneladas de casais gays nos Jogos Olímpicos que ficarão no mesmo quarto. Então, nós estamos sendo discriminados porque somos héteros”, polemiza o atleta

Manifestação contra a homofonbia, em São Paulo 14/07/2012 (Divulgação / Sérgio Koei)

Sim, com certeza, os casais gays podem até ficar juntos no mesmo quarto, mas não é nada oficial. A invisibilidade da homossexualidade nos esportes passa a ser um ponto positivo neste momento para os gays, mas não é porque eles têm mais direitos, é porque para o Comitê Olímpico não existe gays nos esportes.

Voltando à manifestação de sábado. Ou fazer esta pergunta, ele recebeu uma resposta muito rápida dos participantes: “Fora homofobia!”

Então para iluminar ele, a blogueira-comediante e Russel Mark, só as luzes.

Manifestação contra a homofonbia, em São Paulo 14/07/2012 (Divulgação / Priscilla Cesarino)
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Manifestação pede criminalização da homofobia depois de mais um ataque a gay na região da Paulista http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/13/manifestacao-pede-criminalizacao-da-homofobia-depois-de-mais-um-ataque-a-gay-na-regiao-da-paulista/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/13/manifestacao-pede-criminalizacao-da-homofobia-depois-de-mais-um-ataque-a-gay-na-regiao-da-paulista/#comments Sat, 14 Jul 2012 02:55:02 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=584 Depois do depoimento no Facebook do blogueiro Evertton Henrique, 24, sobre a agressão que sofreu na região da Paulista nos últimos dias de junho,  militantes, simpatizantes e pessoas indignadas com a violência resolveram fazer uma manifestação contra a homofobia. Ela acontece neste sábado, 14, às 23h, na esquina de Frei Caneca com a Peixoto Gomide, na região central de São Paulo.

O relato de Henrique em nas redes sociais dá uma ideia da violência gratuita que ele sofreu.

Evertton Henrique logo após a agressão (Reprodução / Facebook Evertton Henrique)

“Não existe homofobia no Brasil! Essa é a frase que o deputado Jair Bolsonaro já disse muitas vezes por onde passa. Mas a homofobia existe sim no Brasil. E está literalmente na minha cara. Essa é uma foto que tirei agora a pouco depois que fui atacado por quatro adolescentes ontem na Frei Caneca. Me atacaram de surpresa e sem eu poder reagir. Me bateram muito, me humilharam, quebraram meu celular e depois o jogaram junto com minha carteira no bueiro. Mas eu tive sorte, nessa mesma semana um garoto no Rio de Janeiro foi morto com requintes de crueldade. Eu só fui mais uma bichinha que apanhou na Paulista. O pior é que não fui a primeira e não serei a última. O policiamento é ineficiente e a prefeitura está cagando e andando pra gente, esta é a verdade. Meu corpo inteiro dói, mas nada dói mais do que minha alma. Eu estava apenas andando, sozinho, saindo de uma balada. Eles me disseram que viram eu saindo da “balada de viado sozinho” e resolveram “brincar” comigo. Já chorei muito, já pensei muito, e não existe nada que me tire o medo que estou sentindo. Medo e raiva, muita raiva. Quando você vê algo assim na televisão, você nunca imagina que vai acontecer com você. Um me enforcou por trás, enquanto outros dois se revezavam em dar socos no meu estômago, depois me jogaram no chão e começaram a me chutar e pisar na minha cabeça. Por um milagre, ou coisa que o valha, um segurança de um prédio próximo, apareceu e espantou os marginais. Não olhei para o rosto deles. Eu só sentia medo. Tinha certeza que iria morrer. Algumas pessoas passaram por ali e me viram no chão apanhando e não fizeram nada. Agora a pouco falei com minha mãe pelo telefone e dói muito ouvir sua mãe chorar de preocupação por você. Eu não paro de chorar desde então. Eu sei que isso que aconteceu comigo é horrível, mas poderia ser bem pior. Eu poderia estar morto. Mas agora tenho a chance de contar o que aconteceu comigo e tentar alertar a todos. As providências legais serão tomadas e tomara que alguma coisa aconteça com esses marginais. […] O meu sangue está nas mãos desses bandidos e nas mãos de Malafaia, Bolsonaro, Apolinário, Papa, e de tantos outros que pregam seu ódio aos homossexuais. Agora estou por baixo, mas quando eu levantar, estarei mais forte e com mais gana do que nunca de lutar para que esse mundo seja um lugar onde os gays, lésbicas, travestis, transexuais, homens, mulheres, crianças e todos aqueles que mereçam, sejam respeitados pelo simples fato de existir. Foram só alguns arranhões que em alguns dias vão sumir da minha pele, mas as marcas profundas que deixaram na minha alma nunca serão cicatrizadas, ficarão abertas e expostas e isso me ajudará a fazer o certo sempre. Desculpe-me pelo desabafo, mas precisa colocar para fora todo o sentimento que está dentro do meu peito. E por favor, tomem cuidado, eu tive sorte ontem, e espero que ninguém passe pelo o que eu passei, mas sabemos que eu poderia estar morto agora. Se protejam, não façam igual eu que estava sozinho de madrugada na rua, vamos nos proteger, nos unir… Eu tenho fé que um dia essa minha experiência vá parecer algo tão irracional quanto a escravidão é hoje. Mas sinto que esse dia ainda está muito distante”.

Os manifestantes pedem para que levem velas.

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Quem Deus odeia? http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/05/18/quem-deus-odeia/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/05/18/quem-deus-odeia/#comments Sat, 19 May 2012 02:05:07 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=360 Ao ver um protesto de membros da Igreja Batista de Westboro , com faixas com os dizeres: “Deus odeia as bichas”, um menino pediu para a mãe para fazer uma intervenção na cena.

Josef Akrouche, de nove anos, pegou um caderno e escreveu: “Deus não odeia ninguém”.

“Ele está crescendo para ser um bom rapaz”, disse sua mãe, Patty Akrouche, no Facebook, ao recordar a história. “Eu recebi meu presente de Dia das Mães mais cedo”, lembra.

O ponto de vista de um menino de 9 anos contra a intolerância(Foto: Facebook/Patty Akrouche)
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