Blogaycasal gay – Blogay http://blogay.blogfolha.uol.com.br A contribuição dos gays, lésbicas e travestis para o mundo Wed, 18 Nov 2015 02:07:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Xuxa sai em defesa de casal gay que adotou criança http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/08/05/xuxa-sai-em-defesa-de-casal-gay-que-adotou-crianca/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/08/05/xuxa-sai-em-defesa-de-casal-gay-que-adotou-crianca/#comments Sun, 05 Aug 2012 17:00:09 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=692 O TV Xuxa exibido no sábado, 4, dedicou um bloco inteiro para debater sobre a adoção de crianças. Logo no primeiro VT que a apresentadora chama para discutir o tema, temos um casal homossexual, Claudio e Almir, que adotaram Rafael.  O assunto é tratado com muita naturalidade e a questão sobre eles serem homossexuais não é debatida no vídeo, apenas a história de amor entre eles e o filho.

Claudio e Almir com o filho adotivo Rafael em VT do TV Xuxa (Reprodução/Vídeo)

Ao terminar o vídeo, Xuxa agradece os convidados e diz: “Na hora aqui [que estava passando o VT para o auditório], eu ouvi alguém falando aí: ‘Quem é o pai?’”

Firme, a apresentadora responde: “Os dois são os pais. E os dois vão ser as mães também, sabe… Minha mãe fez o papel de pai quando meu pai não estava com a gente. O que a gente tem que ser é acarinhada, amada, é isto que uma criança precisa”.

Sem entrar no discurso militante, Xuxa, nestes poucos minutos, contribuiu para uma parcela de sua audiência enxergassem de forma simples e importante que um casal gay pode adotar e cuidar de uma criança. Além de normatizar (a palavra sempre usada de forma pejorativa, agora ganha qualidades positivas) que os homossexuais podem e devem ter direito à adoção de crianças, ela amplia também não só a discussão sobre a adoção como a dos direitos homossexuais.

Neste momento, Xuxa provou que foi realmente uma verdadeira rainha, e não só dos baixinhos.

Veja o interessante bloco sobre adoção clicando aqui. O depoimento do casal homossexual e a defesa de Xuxa começa aos 7min37s.

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Estado de São Paulo condena Club Athletico Paulistano por não aceitar casal gay http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/08/estado-de-sao-paulo-condena-club-athletico-paulistano-por-nao-aceitar-casal-gay/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/08/estado-de-sao-paulo-condena-club-athletico-paulistano-por-nao-aceitar-casal-gay/#comments Mon, 09 Jul 2012 02:50:58 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=572 Um clube serve para reunir pessoas com certas afinidades, alguns interesses em comum, é assim que funciona por exemplo um clube da poesia ou da matemática. Outras vezes, ele serve para ser um ponto de encontro de pessoas da mesma comunidade.

Porém, o clube também pode ser o local da exclusão do que é diferente, ou da soberba de classe. Negros, na Salvador dos anos 50 (a capital da negritude do país), eram proibidos de entrar em certos clubes. A nova rica Vera Loyola não foi aceita no “aristocrático” Country Club da orgulhosa zona sul, por representar outra área. outra mentalidade. Neste caso como no outro acima, o clube serve como gueto, lugar de identificação mas também de segregação.

O médico patologista Ricardo Tapajós, 46, é sócio do tradicional Club Athletico Paulistano. Ele tem uma filha e é casado com outro médico, o cirurgião plástico Mario Warde Filho, 40.

Tapajós tenta desde 2009 associar sua filha e seu marido no clube em vão. Para além da excelente piada de Groucho Marx que diz: “Eu nunca faria parte de um clube que me aceitasse como sócio”, a situação era claramente discriminatória pois o estatuto do Paulistano entende união estável apenas a relação entre homem e mulher.

Mas os tempos são outros. Então, Tapajós acabou entrando na justiça que deu parecer favorável ao médico. O entendimento foi que o sexo das pessoas “não se presta como fator de desigualação jurídica”.

No dia 28 de junho, o Diário Oficial do Estado condenou o clube com uma advertência. Na quinta-feira, 5, o clube disse que não tinha maiores informações, Mario ainda não é sócio, mas  as mudanças do estatuto estão sendo discutidas pelos membros da diretoria do clube.

Isto é, da segregação, que não corresponde aos novos tempos, o clube caminha para a identificação de uma nova família.

Mário Warde (à esquerda) e Ricardo Tapajós (à direita); casal de médicos homossexuais acusa clube de discriminação (Arquivo Pessoal)
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Casal gay presta depoimento sobre agressão homofóbica em Salvador http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/03/13/casal-gay-presta-depoimento-sobre-agressao-homofobica-em-salvador/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/03/13/casal-gay-presta-depoimento-sobre-agressao-homofobica-em-salvador/#comments Tue, 13 Mar 2012 18:00:14 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=147
Vítima de agressão homofóbica em Salvador (Arquivo Pessoal)

O que era felicidade se tornou brutalidade. O que era abraço se transformou em tortura. Um jovem casal gay foi espancado em Salvador na noite de sábado, 10. Eles prestam depoimento nesta terça-feira, 13, na 11ª Delegacia Territorial (DT/Tancredo Neves).

Porém, Thyago Souza, 24, contou o ocorrido nas redes sociais neste final de semana. “Ontem à noite, eu e meu amor passamos por momentos terríveis de medo, pavor e desespero. Fomos perseguidos e espancados na estação Pirajá. Meu amor teve a cabeça aberta por um objeto que eles o acertaram com tamanha brutalidade. Todos estavam com facas”, escreveu no Facebook.

Segundo ele, os dois estavam voltando de um festa no Rio Vermelho e ao descerem na estação Pirajá, Thyago encostou a cabeça no ombro do namorado. Bastou isso para uma gangue armada com pedaços de madeira e faca aparecesse gritando: “Bate nesses viadinhos. Bate nesses gays mauricinhos”.  Seu namorado levou 10 pontos na cabeça.

O delegado Guilherme Machado é o responsável pelas investigações. O casal passou por três delegacias de Salvador, nos bairros de Cajazeiras, São Caetano e Pau da Lima, mas só consegui fazer o B.O. na de Tancredo Neves.

Além da negligência das delegacias, o boletim de ocorrência registra lesão corporal, segundo informações da unidade policial. Oras, se a gangue estava armada com faca não pode ser só esse o delito, não?

Com o desdém por parte de algumas autoridades, entrou no jogo o componente família e medo, totalmente compreensíveis e que devem ser respeitados. Thyago escreveu: “Atenção, infelizmente não iremos mais expor o ocorrido em rede nacional. Sem o apoio da família não podemos. Iríamos fazer gravações inclusive para o Jornal Nacional e diversos outros jornais. Mas a família não apoia a nossa briga. Agradeço ao apoio de todos e todas as mídias que estão nos ligando e cedendo espaços em todos os jornais. Faremos o que tiver ao nosso alcance respeitando a vontade de nossas mães”.

Percebemos nesse episódio como a violência contra os homossexuais além de físico, passa por um estágio psicológico bem pesado.

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O casal se abraça antes da tortura (Arquivo Pessoal)

Thyago descreveu assim essa foto: “Momentos antes do espancamento ocorrido na estação Pirajá por ato de homofobia. Estávamos taã felizes mas não imaginaríamos que horas depois iriamos ser brutamente espancado e agredidos por pessoas que não tem amor e que acham que gays devem ser banidos da sociedade. Aí pergunto: quem deve ser banido da sociedade, esse lindo casal ou os monstros que realizaram o brutal espancamento?”

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Casal gay é agredido em aeroporto no Rio http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/02/13/casal-gay-e-agredido-em-aeroporto-no-rio/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/02/13/casal-gay-e-agredido-em-aeroporto-no-rio/#comments Mon, 13 Feb 2012 20:00:36 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=29 O Rio de Janeiro tem tudo para ser o destino gay do planeta. Além dos clichês – verdadeiros – de cidade maravilhosa, o carioca tem uma relação com o corpo que muito se assemelha e se identifica com um grande segmento dos homossexuais. Mas para isso, fatos, como o que ocorreu nesta segunda-feira, 13, no aeroporto do Galeão, têm que ser exemplarmente punidos.

Um casal de homossexuais foi abordado no Aeroporto Internacional por um taxista “pirata” – nome dado para os que não são cadastrados no ponto do aeroporto. Eles se recusaram a pegar o táxi e foram agredidos verbalmente pelo taxista, que fez questão de ofendê-los e falar de forma pejorativa sobre a orientação sexual dos rapazes. Um deles não gostou e partiu pra briga. O outro rapaz, ao tentar separar a briga, acabou levando um chute no rosto de um segundo taxista “pirata”.

Para o jornal O Dia, o delegado Ricardo Codeceira, titular da Delegacia do Aeroporto Internacional (Dairj), disse que “a agressão foi provocada por preconceito contra o casal gay”. Ele também, informou ao jornal que o taxista que deu o chute no rapaz – que agora está no Hospital Santa Maria Madalena – está detido e responderá por tentativa de homicídio, Já o primeiro taxista que agrediu verbalmente o casal está foragido.

Desse caso temos algumas mudanças positivas em relação à violência homofóbica. As vítimas não foram tratadas como culpadas como em muitos casos de homofobia, o delegado reconheceu a natureza homofóbica do crime e, não só isso, deteve um dos agressores.  Sinal que o Rio realmente está empenhado em ser um destino gay e anti-homofóbico.

Atualização às 21h30: Os dois taxistas Marcos Ribeiro da Silva, 41, conhecido como Cocoroca, e Rodrigo Alves da Silva, 31, conhecido como Docinho, foram presos e autuados por tentativa de homicídio como informa a Folha.

Atualização às 22h15: Veja as imagens da agressão ao casal gay clicando aqui.

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