Blogaycampanha – Blogay http://blogay.blogfolha.uol.com.br A contribuição dos gays, lésbicas e travestis para o mundo Wed, 18 Nov 2015 02:07:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 MTV lança vinhetas contra homofobia e anuncia documentário sobre o tema http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/04/19/mtv-lanca-vinhetas-contra-homofobia-e-anuncia-documentario-sobre-o-tema/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/04/19/mtv-lanca-vinhetas-contra-homofobia-e-anuncia-documentario-sobre-o-tema/#comments Fri, 19 Apr 2013 22:00:32 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=1232 A MTV sempre tomou posições em relação à temas espinhosos como sua campanha para a prevenção da Aids, em uma época que a doença era vista por grande parte da população mundial como “peste gay” no meado dos anos 1990. Neste mês, eles lançaram vinhetas contra a homofobia com depoimentos de famosos do mundo da música e das artes se posicionando contra a violência em relação aos LGBTs ou aqueles que parecem ser gays. Para o dia 17 de maio, Dia Mundial da Luta contra a Homofobia, eles terão uma programação toda voltada ao tema e lançarão um documentário sobre o assunto.

Laerte no Voz MTV (Reprodução/Vídeo)

Philip Rossetto, responsável pela criação das vinhetas batizadas de Voz MTV e co-autor junto com o cineasta Dácio Pinheiro do documentário contra a homofobias, conversou com o Blogay sobre o projeto.

Blogay – Como foi pensada a lista de entrevistados?

Philip Rossetto – O Voz MTV foi pensado então para falar com pessoas do universo do nosso publico – ou seja, pessoas ligadas à música e seus respectivos nichos (hip-hop, rock, punk, MPB, etc), cultura pop (moda, literatura) , representantes da atual geração que estão de alguma forma engajados nessa mudança social, e o único historiador – embora seja mais escritor que historiador – que tem uma pesquisa séria sobre a homossexualidade no Brasil que é o João Silvério Trevisan (uma pessoa que não faz parte diretamente de nenhum movimento militante, mas que conhece a história de todos e tem discernimento para analisar a situação hoje e num passado próximo).

Entendo que hoje há uma discussão mundial voltada à homossexualidade. É até aceitável que a conquista de direitos seja questionada nos campos politico, judiciário e até religioso. Mas o preconceito e a violência são inquestionavelmente condenáveis. Acreditamos que o preconceito é fruto de ignorância e ignorância se combate com informação. Nossa missão focou-se na questão social. Trabalhamos com a realidade. Nenhum político ou atuante do movimento LGBT foi chamado por isso: porque estamos trabalhando em uma outra esfera da questão. No entanto, temas ligados a essas questões são inevitáveis, pois, segundo nossos entrevistados, o surto de homofobia que vivemos é resultado da resistência à equiparação de direitos.

Não tem nenhum homofóbico (nos depoimentos) porque, felizmente, não há nenhum artista ou intelectual que defenda a violência como direito legítimo.

Como foram as entrevistas?

As entrevistas foram espontâneas e longas, uma vez que já tínhamos a ideia do documentário em mente. Foi um tom mais de conversa, ligado ao universo que aquela pessoa vive e representa. A Flora Matos contou como é vista a homossexualidade dentro do movimento hip-hop, a “mercenária” Rosália Munhoz mostra sua visão vinda do punk, assim como o Clemente, o Herchcovitch falou como a privação de direitos afeta sua vida pessoal, assim como o Laerte, o Lobão do ponto de vista filosófico dele e assim por diante. Os temas que apareceram foram, claro, a violência, em primeiro lugar, mas também questões como a PL122 (lei em trânsito no Congresso que criminaliza a homofobia), a educação e os efeitos que a privação de direitos gera na vida dos 20 milhões de homossexuais brasileiros. Tentamos ser abrangentes nas vinhetas que estão no ar e no Youtube e dissecamos tudo no documentário que vai ao ar dia 17 de maio, Dia Mundial da Luta contra a Homofobia.

Campanhas de prevenção à AIDS foi um passo para o posicionamento contra a homofobia?

Eu posso te dizer o ponto de partida criativo da campanha. De fato, a MTV sempre foi referência nas campanhas de Aids e uso da camisinha. E a camisinha sempre foi condenada por extremistas. E você nunca viu uma campanha de use camisinha com um “A Instituição/igreja adverte: fazer sexo antes do casamento é pecado, prime pela abstinência”. Seria de muito mau gosto com pessoas que já sofrem com essa situação e não é essa a função de uma TV como a nossa. No caso da homofobia é a mesma coisa: não se pode confundir  “liberdade de expressão”  com incitação à violência. Colocar a vida de pessoas em risco, ou pra ser mais exato, privar pessoas da liberdade de serem o que são é uma irresponsabilidade. E quando falamos em homofobia, é isso que estamos falando: respeito X violência. Uma violência que atinge 20 milhões de brasileiros diretamente, sem contar suas famílias.  Então não, a gente não apoia a violência e o preconceito, de nenhum tipo. Não há imparcialidade alguma nisso, é uma questão de bom senso. E até um fundamentalista da vida, por mais que pratique violências constantes e inconscientes, não é capaz de defender a violência como meio correto de agir. Não há argumento que comprove a sua eficácia, ainda mais se o fim para essa eficácia é passível de discussão. Apesar da resistência na equiparação de direitos, espancar, estuprar e matar não são a melhor maneira de se opor.

Um ponto importante é que a homofobia acaba afetando também héteros como o caso do pai e filho em São João da Boa Vista (SP) que foram espancados porque estavam abraçados e os homofóbicos acharam que eles eram gays. É importante uma emissora se posicionar?

Uma pessoa é espancada sem motivo na esquina da sua casa. Faça ela parte do nosso círculo ou não, o que se há de ser imparcial nisso? O Laerte respondeu muito bem a esta questão: “mas ele não estava desmunhecando?”. E isso lá é motivo para agredir alguém? Lamento, mas não há como ser imparcial em uma situação como essa.

O trabalho de uma emissora de TV utiliza uma concessão pública. Por isso, o que ela faz  precisa  promover o bem para todos os envolvidos nessa cadeia: telespectadores, seu entorno e a própria emissora.

Todos se beneficiam com o respeito e a tolerância.

Agora, sobre o posicionamento moderno… veja bem, enquanto ainda se discute o beijo gay na TV, o nosso, o primeiro beijo gay da TV brasileira (que foi na MTV) já tem mais de uma década. As novas gerações lidam com essa questão com uma naturalidade muito maior do que gerações anteriores. Como falamos de igual pra igual, a naturalidade também transparece nesse sentido. A verdade da vida das pessoas é muito mais simples do que nos comentários anônimos da internet.

O André Baliera, espancado no meio da Henrique Schaumann diz que o caso dele (que levou pontos no hospital) não foi o pior que já viu. Contou no nosso documentário de uma mãe que pagou para que a própria filha fosse estuprada para “deixar de ser lésbica”. Então onde estamos colocando o preconceito na nossa ordem de prioridade social? Acima do respeito, da compaixão, e até do amor? Será que é esse o lugar que ele merece, o de principal regente da nossa sociedade? Essa reflexão é o que tentamos promover com esta campanha.

Veja as vinhetas clicando aqui.

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Divulgado vídeo ‘Feliciano Não Me Representa’ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/03/21/divulgado-video-feliciano-nao-me-representa/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/03/21/divulgado-video-feliciano-nao-me-representa/#comments Fri, 22 Mar 2013 02:55:26 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=1173 Desde que Marco Feliciano (PSC-SP) assumiu a presidência da CDHM (Comissão dos Direitos Humanos e Minorias) da Câmara Federal, uma série de protestos contra a nomeação do deputado federal para o cargo tem invadido as ruas e as redes sociais.  Um dos gritos do movimento, “Feliciano Não Me Representa”, ganhou forças nas passeatas assim como no Facebook e no Twitter. E esta semana, um vídeo com cidadãos mostrando cartazes com a frase foi divulgado na web.

Campanha nas redes sociais “Feliciano Não Me Representa” (Reprodução/Facebook)

A ideia divulgada em uma página do Facebook era bem simples e no texto dizia: “Inspirados no projeto #eusougay, criamos uma campanha virtual que tem como objetivo fazer com que nossas vozes sejam ouvidas. E sua participação é fundamental. Basta enviar uma foto (sozinh@ ou em grupo) segurando um cartaz onde deve estar escrito ‘Sou (preencher com uma característica sua) e Feliciano não me representa’.Vamos unir nossas vozes (e fotos) e fazer com que saibam de nossa insatisfação. Vamos fazer com que saibam de nossa indignação. Vamos fazer com que saibam de nosso poder!”

[youtube ODlutUUkFJg nolink]

Campanha nas redes sociais “Feliciano Não Me Representa” (Reprodução/Facebook)

Ao contrário do vídeo que Marco Feliciano divulgou em sua conta no Twitter no qual se vitimiza chorando e dizendo que renunciará e fez com que o seu partido PSC se irritasse com o deputado e pedisse explicações, o vídeo – assim como a campanha-  tem bom humor.

Campanha nas redes sociais “Feliciano Não Me Representa” (Reprodução/Facebook)
Campanha nas redes sociais “Feliciano Não Me Representa” (Reprodução/Facebook)
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Campanha quer agradecer São Paulo pela adoção do casamento igualitário http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/02/28/campanha-quer-agradecer-sao-paulo-pela-adocao-do-casamento-igualitario/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2013/02/28/campanha-quer-agradecer-sao-paulo-pela-adocao-do-casamento-igualitario/#comments Thu, 28 Feb 2013 22:30:53 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=1102 A partir desta sexta feira, 1º de março, São Paulo será o sexto estado brasileiro a adotar o casamento igualitário, no qual casais do mesmo sexo podem regulamentar em cartório sua união, isto é, casar-se com os mesmos direitos que os dos heterossexuais. Depois de Piauí, Distrito Federal, Alagoas, Espírito Santo e Bahia, o estado mais rico do país se junta a eles e avança no terreno das igualdades e dos direitos humanos.

Imagem da campanha do All Out (Reprodução)

Uma campanha feita pela All Out brasileira quer agradecer o estado por este importante passo. Blogay entrevistou o gerente de campanhas da ONG no Brasil, Leandro Ramos, 28, para explicar a importância do estado adotar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. E também esclarecer porque a campanha realizada pela All Out ser, além de um agradecimento, uma maneira de espalhar para os LGBTs que o casamento já é algo possível, está no horizonte de um novo dia para os gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.

Blogay: Qual a importância do casamento igualitário acontecer no estado de São Paulo?

Leandro Ramos: O respeito aos direitos civis do cidadão – independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero – é um avanço que merece ser celebrado em qualquer estado. Acontecendo em São Paulo, um estado com tanta relevância política, a regulamentação do casamento civil igualitário tem ainda mais potencial de impulsionar decisões parecidas no restante do país. Este é um momento muito importante não só para São Paulo, mas para toda a sociedade brasileira.

Muita gente, por causa do STF, acha que o casamento já é legalizado em todo o país. Dá pra explicar um pouco este equívoco?

Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu as uniões estáveis para casais do mesmo sexo, mas não o casamento civil. No entanto, baseados nessa decisão, tribunais em todo o país – incluindo o Superior Tribunal de Justiça – passaram a reconhecer também o direito ao casamento civil. O que São Paulo e os outros cinco estados – Alagoas, Bahia, DF, Espírito Santo e Piauí – fizeram de diferente foi emitir provimentos regulamentando a questão e orientando cartórios a fornecer a certidão de casamento civil sem a necessidade de recurso judicial.

Vocês da All Out estão colhendo assinaturas para um abaixo assinado para quê? Qual o significado de publicar uma mensagem em um jornal de circulação gratuita? Por que precisa atingir um certo número para que isto aconteça?

A ideia de colher assinaturas e publicar o cartão de agradecimento é dar visibilidade para essa conquista, não deixar que ela passe despercebida. Muita gente – incluindo casais do mesmo sexo – não sabe que o casamento civil igualitário já é uma realidade em seis estados brasileiros. Nosso objetivo é mudar isso.

O número de assinaturas é um termômetro, uma indicação de quantas pessoas apoiam a iniciativa. No caso do casamento igualitário em São Paulo, por conta da importância desse conquista, decidimos publicá-lo independente do número de apoiadores. Mesmo depois da publicação, o cartão continuará aberto para quem quiser assiná-lo.

Quem quiser participar e assinar o abaixo assinado, clique aqui.

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Funcionários brasileiros do Google apoiam casamento igualitário http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/05/31/funcionarios-brasileiros-do-google-apoiam-casamento-igualitario/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/05/31/funcionarios-brasileiros-do-google-apoiam-casamento-igualitario/#comments Fri, 01 Jun 2012 00:00:19 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=406 A exemplo dos empregados do estúdio de animação Pixar que, em 2010, nos Estados Unidos, fizeram um vídeo contra o bullying homofóbico para o Trevor Project, funcionários do Google no Brasil entraram na campanha pelo casamento igualitário. O vídeo foi postado no dia 29 de maio.

[youtube bOIX_mRGp0M nolink]

Além do belo apoio de casais heterossexuais. “Por que eu posso me casar com minha namorada e ele não pode se casar com o namorado dele?”,. diz um. ‘Saber que eu tenho este direito e pessoas muito próximas a mim não tem, me incomoda profundamente. O meu amor não é melhor do que o de ninguém”, diz outra.

O problema do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo tem como entrave os religiosos fundamentalistas. O direito do cidadão que deve ser dado pelo Estado, ganha conotação de Inquisição, mesmo com todos sabendo que ninguém vai casar em igreja que condena o casamento igualitário, nem impor isto. A imposição e o meter-se em um assunto que não te pertence – pois se trata de coisas profundamente terrenas,  a legalidade civil – vem exatamente daqueles que se dizem espiritualizados.

Aqui nos comentários, vejo que sempre tem gente que manipula a Bíblia para propagar ignorância. “Deus fez Adão e Eva e não Adão e Ivo” ou “A Bíblia condena”, vociferam os fundamentalistas.

O que mais me impressiona é a soberba destes comentários.  Pois, primeiro, tem muitas religiões que não seguem a Bíblia e ela não é o livro sagrado para todo mundo, há outras que não acreditam em Deus e ainda pessoas que acreditam na Bíblia mas não compactuam com esta leitura.

A religiosidade verdadeira é algo de foro íntimo, se assim não fosse não teriam tantas religiões. Querer impor a sua visão de mundo para os outros está longe do que pensam aqueles que acreditam que estão pregando ou catequizando, eles estão simplesmente sendo totalmente totalitários, arrogantes e, no fundo, totalmente anti-cristão.

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A situação tá russa: Heterossexual é preso por defender gays http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/04/13/a-situacao-ta-russa-heterossexual-e-preso-por-defender-gays/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/04/13/a-situacao-ta-russa-heterossexual-e-preso-por-defender-gays/#comments Fri, 13 Apr 2012 23:30:07 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=248 No último domingo, 7,  Sergey Kondrashov segurou um cartaz, em São Petersburgo, na Rússia, com a seguinte frase: “Uma querida amiga da família é lésbica. Minha esposa e eu a amamos e a respeitamos. E sua família é exatamente igual a nossa.” Ele foi preso.

Sergey Kondrashov segura placa pró gay antes de ser preso (Divulgação)

Acusado de ativista, o advogado só queria mostrar seu apoio a uma amiga homossexual e solidarizar-se contra a lei anti gay (que proíbe qualquer “propaganda” homossexual, aliás nem a palavra gay pode ser falada)  aprovada na cidade russa de São Petersburgo. Na verdade, Sergey ergueu seu cartaz porque acredita que todos os russos são iguais perante o Estado e devem ter os mesmo deveres e mesmo direitos e a lei anti gay não faz nenhum sentido.

Por sua atitude fraterna, ele pode ser multado e preso por até duas semanas. Entidades ligadas aos direitos dos homossexuais estão protestando contra a prisão. Pois a lei anti gay de São Petersburgo, mais do que um reflexo dos tempos presentes, é um sintoma de um passado ditatorial travestido de comunismo que acreditava que os homossexuais eram o sinal da decadência do capitalismo.

Se o tal comunismo real caiu, muito de seus aparatos continuam firmes como o autoritarismo presente na figura quase “imexível” do Primeiro Ministro russo Vladimir Putin, os privilégios dos burocratas transferidos para os mafiosos e o puritanismo do proletariado transformado em moral conservadora.

Enquanto isso, a Rússia mostra ser um país pouco amistoso com os homossexuais e acaba de rejeitar a declaração dos direitos dos homossexuais pelo G8, nesta quinta-feira, 12. É, infelizmente, a próxima placa que o gays e progressistas devem levantar por lá é: “A coisa tá russa!”

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Jean Wyllys lança campanha para o casamento igualitário http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/04/12/jeans-wyllys-lanca-campanha-para-o-casamento-igualitario/ http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/04/12/jeans-wyllys-lanca-campanha-para-o-casamento-igualitario/#comments Thu, 12 Apr 2012 20:00:41 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11328453.jpeg http://blogay.blogfolha.uol.com.br/?p=242 Nesta noite de quinta-feira, 12, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) lança a campanha nacional pelo casamento igualitário no clube Galeria Café, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Com o apoio de artistas e intelectuais, o político deseja aprovar uma emenda constitucional que torna o casamento um bem de todos e que todos (gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e heterossexuais) tenham acesso fácil a este direito, hoje ainda entendido por alguns cartórios como quase que exclusivamente heterossexual.

Jean Wyllys no site criado para a campanha diz: “A proibição do casamento aos homossexuais […] priva-nos a gays e lésbicas de uma longa lista de benefícios sociais e nos exclui de uma celebração que tem efeitos ordenadores em nossa cultura.”

E coloca uma questão importante: “Estamos falando de uma forma de discriminação do mesmo tipo que [já foi] a exclusão das mulheres ao direito ao voto, a proibição do casamento inter-racial, a segregação de brancos e negros, a perseguição contra os judeus. Da mesma maneira que hoje não há mais ‘voto feminino’, mas apenas voto, nem há mais ‘casamento inter-racial’, mas apenas casamento, chegará o dia em que não haja mais ‘casamento homossexual’, porque a distinção resulte tão irrelevante como resultam hoje as anteriores e o preconceito que explicava a oposição semântica tenha sido superado.”

Está aí a raiz da questão de igualdade perseguida pelos princípios dos Direitos Humanos. Realmente, cada vez mais fará menos sentido o termo casamento gay, por isso o nome casamento igualitário é mais do que apropriado, ele já carrega ideologicamente a ideia de igualdade para quem queira apenas casar, seja qual orientação sexual ou identidade de gênero.

Mas muitos podem se perguntar: o STF (Supremo Tribunal Federal) já não aprovou a união estável entre casais do mesmo sexo?  Sim, mas para muitas relações homoafetivas se concretizarem, muitas vezes é preciso contratar advogados, entrar com processos na justiça para ter sua relação reconhecida pelo Estado.

“Com a PEC (projeto de emenda constitucional) proposta pelo deputado, tudo ficará mais fácil, principalmente para quem não tem dinheiro para contratar serviços de advocacia” como informou ao Blogay a assessoria do deputado.

Mariana Ximenes, Arlete Salles e Ney Matogrosso aderiram à campanha (Divulgação)

Além do site e de um abaixo-assinado, o político teve uma sacada de mestre na era das celebridades. Jean Wyllys chamou famosos para participar da campanha, assinar a petição e participar de um vídeo dizendo porque é à favor do casamento igualitário. Com certeza é uma maneira inteligente de chamar a atenção e a simpatia para a questão

Entre as personalidades que assinaram o abaixo assinado estão: Caetano Veloso, Chico Buarque, Cauã Raymond e Sônia Braga, além de muitos famosos que participaram dos vídeos que você pode conferir abaixo.

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